quinta-feira, 12 de abril de 2012

Jornais e Blogs da região promovem campanha para desviar a culpa do assasinato em Itaju para o proprietário da fazenda invadida

"Digamos que você tenha uma casa, e na porta da sua casa uma pessoa é mordida por um cachorro.
A lógica diz que foi o seu cachorro quem mordeu,certo?
Mas e se você nem tem cachorro em casa?
E se sua vizinhança tiver sido tomada por cachorros maus e loucos para tomar sua casa?
Ainda assim, foi seu cachorro que mordeu o transeunte?"
Desde janeiro assistimos ao terror promovido por índios na região de Itajú, Pau Brasil e Camacã: trabalhador rural baleado; destruição de casas, currais, cercas e pastagens; roubo de gado; roubo de pertences dos trabalhadores escorraçados as fazendas; estradas bloqueadas e ameaças a quem tentar trafegar na região. No feriadão (6 a 8 de abril, 2012) o quadro se repetiu: “índios” armados com rifles e fuzis invadiram mais 3 fazendas. Os “índios” comemoravam: “Falta apenas uma, falta apenas a faz. Vitória”.

Desde janeiro assistimos aos proprietários recorrendo à justiça para reaver o que é seu por direito, apelando até para a boa vontade dos bandidos. Seu por direito pois nunca ouve reserva na região, nunca foi encontrado um vestígio arqueológico de ocupação da área por povos indígenas. Há quase um século famílias de brasileiros produzem o alimento que chega à nossas mesas na região e para o resto do Brasil, gerando emprego e renda, desenvolvendo os três municípios. Em momento algum foi registrado uma reação violenta em retorno às invasões e roubos sofridos por esses produtores.

Um dos líderes do movimento ARMADO que expulsa com VIOLÊNCIA trabalhadores dos seus locais de trabalho se declara inocente. E toda a mídia parte para acusar o produtor rural. O produtor que é na verdade outra vítima dos atos de terror da segunda-feira. Que teve sua casa incendiada. Prestador de serviço que perdeu a confiança de seus clientes. Não teve a fazenda ocupada, pois ocupar seria assinar a confissão de assassinato, mas viu ser destruído o que sua família vem construindo por gerações.

Infelizmente, as notícias que geralmente nos mantêm "informados", são construídas por pessoas. Parece natural que sejam construídas por pessoas e não uma infelicidade. Então porque reitero que seja uma infelicidade?
Porque pessoas têm gostos, convicções, crenças e PREÇO!

As matérias que tenho lido, baseadas na publicação do jornal A tarde pecam no básico do que se aprende no curso de jornalismo. Dá-se grande destaque à palavra do “cacique” (o mesmo que tentou convencer que o roubo de gado não era responsabilidade dos índios) e toma-se como verdade. O proprietário (acusado) nunca foi procurado. Até a palavra do delegado é distorcida. A polícia indica que ainda não possui evidencias de que o crime fora cometido por índios. Mas nunca descartou esta possibilidade. E como uma boa investigação deve ser feita, abre-se para outras possibilidades, inclusive de que possa ter sido engendrada pelos produtores rurais.

Triste do país que não valoriza seu produtor rural. Agente se acostuma a viver em cidades, comer em restaurante, comprar em supermercados etc. Esquecemos de onde vem a comida. Índio não produz alimento para abastecer supermercados e restaurante em Salvador, Ilhéus, Itabuna, V. da Conquista etc. Achar que problema no campo é problema do campo; do “fazendeiro”, “latifundiário” etc., é ignorância. Quando, depois de amanhã, você for comprar a picanha para o churrasco de domingo, ou o bife para o feijão com arroz do dia-a-dia e se assustar com o aumento do preço da carne. Lembre-se que você é um dos que apoiaram a desocupação de 54 mil hectares de fazendas produtivas. Que você apoia um movimento que destroi fazendas e promove emboscadas em estradas. 

O pior é que enquanto estamos aqui divagando, o STF adia a solução deste pesadelo.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Vítima de emboscada em Itaju do Colônia foi enterrada nesta terça feira

Maria Santos de Oliveira, vítima de emboscada que ainda atingiu sua irmã, foi sepultada ontem (10/04/2012). A irmã segue internada em Itabuna, mas passa bem. A família ainda está muito abalada. O marido já prestou depoimento.
"Minha esposa caiu no meu colo. Eu achei que ela tinha se abaixado devido a minha cunhada também se abaixar atrás. Aí eu gritei rápido 'não atira, tem criança no carro'. Um deles veio todo encapuzado. Quando viram que tinha criança, disseram 'vaza,vaza'", relata Franklin Reis, marido da vítima.
É provável que a emboscada tenha sido planejada para um dos proprietários das fazendas invadidas ou para o dono da Faz. Vitória. Devido à proximidade desta fazenda, era comum que os produtores se encontrassem no local. Era a única área ainda não invadida e seu proprietário dava apoio a outros produtores com fazendas invadidas, cedendo pastagem. As vítimas devem ter sido confundidas por possuir carro semelhante ao de alguns destes produtores.
Ao observar que haviam matado uma pessoa que nada tinha com as propriedades invadidas, desistiram de ocupar a Faz. Vitória, o que representaria uma confissão do assassinato. E atearam fogo nas instalações, destruindo tudo.
Agora, os invasores, buscam direcionar a opinião pública, responsabilizando os produtores. Acusando-os de pistolágem, de manter policiais acampados nas fazendas para impedir as invasões.
Questiono eu: se os produtores têm (oi tinham) pistoleiros guardando as propriedades, por que todas foram invadidas? Porque nunca foi noticiada a resistência ou retomada de uma fazenda por parte dos produtores rurais?
A percepção que tenho, acompanhando o que ocorre na região é de que em momento algum fora cometida qualquer ação violenta pelos produtores rurais. Que desde o inicio das invasões buscaram os meios legais para reaver seus bens. Chegando a negociar autorização dos próprios invasores para retirar o gado que ainda lhes restasse nas propriedades, na tentativa de reduzir o enorme prejuízo sofrido.
Por outro lado, o testemunho do marido da vítima corresponde sim ao comportamento observado pelos trabalhadores expulsos das propriedades invadidas: homens violentos, armados e atirando antes de declarar seus objetivos. Até o armamento descrito pelas vítimas é semelhante ao descrito pelos trabalhadores expulsos das fazendas.
O que foge ao padrão é a utilização de capuz cobrindo o rosto. Provavelmente um subterfúgio, devido à proximidade da cidade. Na região, quem circulam de moto na estrada Itaju – Pau Brasil são os invasores. A todo momento podem ser observados.
Carro das vítimas.
A bala atravessou o pára-brisa, atingiu as
duas mulheres e saiu pelo vidro traseiro
As Polícias Civil e Federal iniciaram na manhã de terça-feira (11/01/2012) as investigações. O carro foi periciado. O único tiro disparado acertou a cabeça da vítima e atingiu o braço da irmã que estava no banco de trás. Outras pessoas devem ser ouvidas, como os trabalhadores e o dono da fazenda incendiada. Os depoimentos devem ajudar a polícia a esclarecer os fatos e localizar os autores do crime.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Mulher assassinada próxima a fazenda poucos instantes antes de ser invadida

Na tarde hoje (09/04/2012), por volta das 14h, Maria Santos de Oliveira, foi executada com um tiro na cabeça em Itaju do Colônia. Sua irmã Odília Santos Oliveira, foi baleada no braço e está internada no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães, em Itabuna.
Segundo informações da delegacia da cidade, Ana Maria Santos de Oliveira, 34 anos, estava com seu esposo, seu filho e suas irmãs em uma caminhonete, voltando de uma visita a parentes na fazenda Alegre quando o crime aconteceu.

Segundo testemunha, quatro homens encapuzados participaram do crime, que ocorreu em frente à Fazenda Vitória, 800 metros da área urbana de Itaju do Colônia.

Minutos depois, a Fazenda Vitória foi invadida e destruída pelo fogo por índios Pataxó Hã hã hãe.
 
Imagem da sede da Fazenda Vitória
sendo vandalizada pelos "índios"
fonte: O trombone dos municípios
A Fazenda Vitória é uma propriedade titulada que além da produção de gado possuía uma estrutura sem paralelo na região para reprodução de equídeos de raça, recebendo animais de grandes produtores de todo o estado, gerando emprego e desenvolvimento para a cidade de Itaju do Colônia. Sua posição privilegiada, próxima à zona urbana, às margens do Rio Colônia, era desejada há muito tempo pelo grupo de invasores. 
 
O delegado de Itaju, Francesco Denis, está fazendo diligências para tentar identificar e prender os acusados do assassinato e da tentativa de homicídio. 

Os homens da Companhia Independente de Polícia Especializada (Cipe) Cacaueira e da Polícia Federal, deslocados para a região para garantir a paz e trazer tranquilidade à população do município, nada fizeram para conter os atos de barbárie que ocorreram a menos de um quilometro de suas bases de operação. 

Segundo moradores, as estradas estão fechadas novamente pelos pataxós e quem se atrever sair pelo distrito de palmira, sentido Jacareci ou Pau brasil, pode ser emboscado pelos invasores.
 

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Índios armados invadem mais três fazendas no feriado

Aproveitando-se novamente da desmobilização das forças policiais por conta do feriado da semana santa, o grupo de bandidos que se denominam Pataxó Hã hã hãe, invadiram mais três propriedades rurais em Itaju do Colônia.

Seguindo o mesmo padrão de operação, os bandidos entraram armados nas propriedades, atirando e ameaçando os trabalhadores.

Sem contar com o apoio do destacamento da polícia militar que está na região para “garantir a paz” os trabalhadores foram obrigados a deixar a propriedade, abandonando seus pertences.

Mais uma vez o governo do estado não garante a segurança necessária, prometida ao produtor rural, deixando o espaço aberto para o avanço da violência e vandalismo.

Justiça Federal determina reintegração de posse de fazendas invadidas em Itaju do Colônia

A partir do dia 29 de março (2012) a Justiça Federal de Ilhéus começou a determinar as primeiras reintegrações de posse aos proprietários que tiveram suas fazendas invadidas em fevereiro por grupo de supostos índios armados. Até o momento são apenas três propriedades. 

Um dos proprietários beneficiados pela decisão contou que ficou feliz, pois já amarga prejuízos irrecuperáveis em decorrência da invasão, somando roubo de gado, bens e depredação das benfeitorias. O mesmo confessa que estava desanimado frente a tamanha impunidade observada e a demora do STF, cuja ministra relatora havia afirmado queseria para já o julgamento da ACO 312. 

Sua preocupação agora diz respeito a ser reintegrado, mas não poder manter a posse, pois estará ilhado entre fazendas ocupadas por bandidos perigosos, altamente armados. Esta mesma propriedade havia sido invadida e reintegrada em 2010/2011. E mesmo com garantia de manutenção da posse e interdito proibitório expedidos pela Justiça Federal, voltou a ser invadida no arrastão de fevereiro. Desta vez, com tamanha brutalidade que um trabalhador que lá estava procurando emprego acabou baleado, pois não quis abandonar seus pertences pessoais.

Os proprietários e seus funcionários aguardam agora que a Justiça Federal encaminhe ordem ao oficial de justiça da região para reintegrar a propriedade. Afirmam que se sentiriam melhor se outras propriedades fossem devolvidas ao mesmo tempo. Pois cercado pelos bandidos não se sentem seguros para retomar as atividades das fazendas.
Ocultamos o nomes das propriedades e dos proprietários para evitar que os invasores causem mais destruição em decorrência da eminência da desocupação.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Índios Pataxó Hã hã hãe destroem pastagens e estruturas das fazendas invadidas

Semana passada trafeguei na estrada Itaju - Pau Brasil, região que sofre as invasões dos supostos índios Pataxó. Pude verificar a transformação de uma região muito produtiva (principalmente pecuária) na triste visão de uma área abandonada.

Algumas barreiras de pedras e troncos de árvores ainda podem ser encontradas à beira da estrada e um pouco gado em algumas áreas. Me informaram que os invasores estão alugando pastagem para produtores de outras regiões.

Algumas imagens me chocaram nesta viajem, entre elas a destruição da pastagem. Neste processo de locação do pasto, os invasores, sem o cuidado que teriam produtores, não dão o devido descanso ao pasto para que este se regenere, arrasando-o.

Outra coisa que me chamou a atenção é a destruição de cercas com fogo. Em vários trechos da estrada pude observar que as cercas foram queimadas. Os invasores ateiam fogo ao capim ceco pela estiagem para queimar e destruir as cercas. Isso facilita o deslocamento deles entre as propriedades e principalmente causam enorme prejuízos aos proprietarios.

Os bloqueios da estrada foram tirados, mas o trecho que liga a região a municípios como Itapetinga e Potiraguá, pelo distrito de Palmares ainda está bloqueado com a remoção do mata-burro.

A imagem que me restou é muito triste. Observei a destruição de uma região bonita e produtiva. Me marcou bastante observar a hipocrisia dos invasores que sempre atacam os produtores rurais por destruiriam as matas para produção de gado, e estão alugando as pastagens, sem critérios e cuidados com a terra, destruindo e queimando as cercas.